quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Documento

Caros pesquisadores da área de Letras e Linguística, 
Em encontro realizado em São Paulo, nos dias 6 e 7 de junho de 2013, como resultado do I Encontro de Editores realizado em 2012, em Florianópolis, uma indução da Área de Letras e Linguística, editores e seus representantes discutiram os desafios e problemas relativos ao trabalho de edição de periódicos científicos da Área de Letras e Linguística no País. A seguir, resumimos os pontos principais das discussões realizadas ali, para que possam ser amplamente debatidos pela comunidade acadêmica e, eventualmente, transformados em propostas de aperfeiçoamento dos periódicos.
Sobre a quantidade de periódicos da Área. Uma primeira questão a ser debatida pelos editores e programas de pós-graduação é a grande quantidade de periódicos da Área: em 2012, foram contados 440 periódicos nacionais de Letras e Linguística. A maioria mantém-se de forma precária, com escassos recursos humanos e financeiros, com pessoas que acumulam funções e não têm tempo e/ou treinamento na edição profissional de periódicos acadêmicos.
Sobre a fusão de periódicos com perfil semelhante. Segundo alguns editores, o excesso de periódicos poderia ser equacionado com a fusão daqueles que apresentam temática e formato semelhantes. A iniciativa permitiria somar esforços para que se garantam a periodicidade e a qualificação dos periódicos, de modo a torná-los uma referência na Área. Para que seja realmente factível, a fusão dos periódicos que julgarem por bem unir suas equipes e sua experiência editorial precisa ser considerada positiva pela avaliação da Capes, para que nenhum dos periódicos seja prejudicado pelas mudanças estruturais. Note-se que a fusão de periódicos deveria ser uma iniciativa dos editores e não uma imposição da Área.
Sobre as condições de edição e a otimização de recursos. As condições para a edição de periódicos, por sua vez, poderiam ser favorecidas com a implantação de setores especializados nas instituições de ensino e pesquisa, como portais e profissionais encarregados da produção e do gerenciamento de periódicos.
Sobre as indexações e a visibilidade dos periódicos. Um dos problemas apontados pelos editores é o reduzido número de periódicos da Área indexado nas bases de dados de referência, como ISI, Scopus e Scielo.  Dos 440 periódicos da Área, apenas poucos figuram em alguma base de dados, o que implica pouca visibilidade e baixo impacto da produção da Área tanto no plano nacional como no internacional. O documento de Área já recomenda a indexação nacional e internacional para os periódicos A1, A2 e B1.
Mas seria importante, para o crescimento e o reconhecimento dos periódicos da Área, que as avaliações sugerissem o registro em bases de dados e indexadores específicos, especialmente importantes para a área de Humanas em geral, tais como: SciELO, Redalyc, MLA e Revue.org, além de Scopus e ISI, entre outros, que podem ser sugeridos pelos próprios editores. Para que as indexações sejam incentivadas, mas não se tornem um problema adicional aos editores, as avaliações da Capes deveriam levar em conta o perfil e as condições de edição dos periódicos, bem como o tempo necessário para as adaptações aos indexadores e bases de dados recomendados.

 Ainda sobre a visibilidade dos periódicos e da produção acadêmica da Área. Foi apontado que a própria tradição acadêmica da Área tem contribuído para a falta de visibilidade de seus periódicos: os pesquisadores citam poucos trabalhos publicados em periódicos nacionais, dando preferência a periódicos internacionais e à produção divulgada por meio de livros. Por outro lado, percebe-se um crescente interesse pela divulgação das pesquisas em periódicos.

Seria desejável, por isso, que as avaliações levassem em conta a particularidade da Área, valorizando, quando for pertinente, a publicação de dossiês temáticos que dialoguem com o livro, tanto quanto os periódicos que seguem outros modelos de edição. Também se enfatizou a necessidade de incentivar a publicação de livros eletrônicos, que poderiam inclusive alimentar a Scielo Livros e constituir uma forma de se manter a tradição da Área sem prejudicar a visibilidade de sua produção.
 Trata-se aqui de um diagnóstico inicial, feito a partir da discussão conjunta entre os editores de Letras e Linguística, representantes de outras áreas, representantes da CAPES e também responsáveis por indexadores. Fixou-se o prazo de dois anos para que esses problemas sejam debatidos pela comunidade nos Departamentos, Programas de pós-graduação, Reitorias, Associações e também no interior dos comitês de avaliação dos indexadores e das agências de avaliação e fomento governamentais.
Claudia Amigo Pino
Juliana Perez
Em nome da Comissão organizadora 
II Encontro de Editores de Revistas

quarta-feira, 10 de abril de 2013

II Encontro de Editores da Área de Letras e Linguística


Desafios dos Periódicos de Letras e Linguística
06 e 07 de junho de 2013
Universidade de São Paulo, Campus Butantã
Casa de Cultura Japonesa 




O II Encontro de Editores será realizado em São Paulo, na Casa de Cultura Japonesa (Campus USP/Butantã), nos dias 06 e 07 de junho de 2013, e terá como tema os Desafios a serem enfrentados pelos editores da Área de Letras e Linguística para que seu árduo trabalho de edição e publicação de artigos científicos não apenas tenha, no Brasil, apoio efetivo e constante, mas, sobretudo, para que a circulação de conhecimento e informação seja cada vez mais ampla também no âmbito internacional. 


Serão discutidas a experiência de Periódicos internacionais da Área de Letras e Linguística, as perspectivas futuras da edição científica e  a situação atual da atividade de edição acadêmica no Brasil. Também serão oferecidas oficinas sobre temas específicos da atividade de edição acadêmica. 


O II Encontro de Editores tem por objetivos 


a) promover uma discussão aprofundada sobre os desafios dos periódicos da Área de Letras e Linguística; 
b) incentivar a profissionalização dos editores e equipes editoriais da Área; 
c) promover a pesquisa de paradigmas de edição acadêmica na Área de Letras e Linguística, através da comparação e discussão de experiências editoriais no País e no Exterior; 
d) incentivar a busca contínua da excelência e a internacionalização dos periódicos brasileiros, sem ignorar as especificidades e dificuldades da atividade de edição acadêmica da Área de Letras e Linguística; 
e) elaborar um documento com algumas metas para todos os periódicos da Área para ser encaminhado ao Comitê de Área da CAPES.